Podemos dizer que a riqueza tem um espírito e que o dinheiro não vale nada sem a nossa crença nele. Na verdade, nós o criamos e toda criação é vida e manifesta uma realidade.
Para entrar em contato com a energia do dinheiro precisamos compreender que não podemos possuí-lo porque não é “nosso”. A ilusão do dinheiro como uma rede de segurança nos torna prisioneiros de nossa própria criação. Lembremos que o espírito é livre. A solução está em render-se a ele, ou seja, não querer controlar e sim entendê-lo para obter o que precisamos, com fluidez.
A falta de atenção e de compreensão de nosso relacionamento com o dinheiro é, com certeza, o ponto nevrálgico de muitos entraves e sofrimentos. Devemos amar o dinheiro e considerá-lo sagrado, mas não sermos apegados a ele. Nosso relacionamento com o dinheiro tem muitos arquétipos de nossa história pessoal e do inconsciente coletivo, que criaram uma série de crenças prejudiciais à nossa abundância e prosperidade.
Segundo o livro "Terapia do Dinheiro", de Débora Price, o dinheiro é vivo, fluído, criativo, poderoso, transformador e vinculado a nada. “Ele chega às nossas mãos por meio da intenção criativa, ou seja, o processo de transformar a imaginação, pensamentos e idéias criativas em ação”.
O dinheiro não é a causa de nenhum problema; a verdadeira causa está no modo como é utilizado pelo homem: a falta de consciência, a ganância, o ódio e todos os vícios emocionais (leia os artigos "Desequilíbrio mental e vícios emocionais", I e II) presentes na psique humana. O dinheiro não cria nada, o homem cria.
Muitos de nós, em algum momento da vida, temos a ilusão de que o dinheiro é a nossa rede de segurança e assim acabamos nos tornado prisioneiros dele. A verdadeira realização pessoal envolvendo todos os atributos divinos, tais como: sabedoria, amor, vida, provisão infinita, alegria e harmonia, não estão em encher a vida de bens materiais, pois muitos são ricos mas não se acham merecedores, sabotando assim a própria felicidade.
A verdadeira segurança está na conexão com o espírito e com a fé nesse espírito; sem esta conexão jamais sentiremos que somos amados, que somos o bastante, não haverá realização verdadeira, não importando o quanto de dinheiro possuímos ou com quantas coisas tentamos preencher nossas vidas. Muitos de nós acreditamos que o dinheiro comprará a liberdade e opções ilimitadas e isso não é verdade; a riqueza não nos liberta de problemas pessoais e psicológicos.
Segundo Débora Price, a riqueza sem consciência é apenas outro estágio da pobreza. Nas decisões financeiras, em fases de mudanças ou crises, o nosso vício emocional ou comportamental entra em ação de modo ineficiente, sabotando nossas realizações; por isso precisamos desenvolver nosso relacionamento com o dinheiro, primeiro conhecendo nossas crenças.
Segue algumas dicas passadas por Débora Price para entrarmos em contato com nossa essência e assim manifestarmos a energia do dinheiro:
- Construa a vida que deseja e não espere ter dinheiro para começar a vivê-la.
- Pergunte a si o que deseja que o dinheiro transforme em sua vida.
- Trabalhe primeiro os desejos da alma e alinhe sua verdade espiritual ao mundo concreto.
- Evite investir tempo e dinheiro em coisas que te desviem do caminho. Esteja atento à intuição (sinais e revelações).
- Seja íntegro com relação ao dinheiro.
- Peça o que quer e especifique. Reze e medite para receber tudo o que o Espírito Divino tem reservado para você.
- Fique desvinculado do resultado, confie que irá receber tudo o que precisa para seu propósito de vida. A vinculação é a raiz do desapontamento.
- Alimente sua alma.
Abra espaço para o novo e liberte-se de todo apego!
Adriana Cardoso (Somos Todos Um)
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