A morte ocorre no momento da separação do corpo psíquico do
corpo físico. Também aprendemos que durante alguns dias o falecido ainda
continua preso aqui, no corpo psíquico e, posteriormente, haverá aquilo que
podemos chamar de “segunda morte”, quando a consciência abandona o corpo
psíquico e vai ocupar o plano de consciência correspondente ao seu nível de
evolução.Assim como o corpo físico do falecido fica sem vitalidade, sem
consciência, ocorre o mesmo com o corpo psíquico que também não possui
consciência, já que esta é um atributo da alma.
Se a vida é movimento e ação é óbvio supor que a vida
espiritual seja exatamente o oposto, de quietude e contemplação. Assim, a nossa
consciência, nos planos espirituais em que ocupamos (o nível em que nos
encontramos antes de nos iluminarmos ao atingir a consciência cósmica), não é
agitada pelos fenômenos e acontecimentos (fatos) como ocorre no contato com a
matéria.
Estamos vencendo nossa condição animal para, assim, nos
humanizarmos. E, temos esta oportunidade toda vez que encarnamos e nos
deparamos com situações criadas pelo ego que nos obrigam a profundas reflexões
para vencê-las, através do sofrimento dos erros causados por ele mesmo.
Certamente que estamos ainda no processo de humanização e, para tanto,
precisamos vencer e superar nossa condição e tendência animal.
A conclusão lógica deste raciocínio é que quanto mais vezes
uma personalidade-alma tenha se encarnado, mais o domínio do ego sobre esta é
menos acentuado, da mesma forma que uma personalidade que esteja apenas em suas
primeiras encarnações estará completamente dominada por ele.
A ideia que concebemos em relação ao após-vida determina o
nosso modo de viver. Certamente são as nossas crenças que têm nos impedido de
apreendermos a bela simplicidade das leis que envolvem o nascimento e a morte.
por Hideraldo Montenegro F.R.C.
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